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WSL - LUANA SILVA É VICE-CAMPEÃ EM SAQUAREMA APÓS GARANTIR FINAL INÉDITA

  • Foto do escritor: PONTO NEWS
    PONTO NEWS
  • 1 de jul.
  • 5 min de leitura

Brasileira chega a uma decisão em casa pela primeira vez, mas título fica com australiana Molly Picklum. Entre os homens, Cole Houshmand vence e quebra tabu de 23 anos. O Brasil só tem um título feminino em etapas do Circuito Mundial de surfe disputadas no país. Andréa Lopes foi campeã na Barra da Tijuca, em 1999, quando competiu como convidada. No domingo (29), por pouco, o segundo troféu não chegou. Luana Silva alcançou a final de Saquarema pela primeira vez, mas acabou superada por Molly Picklum, nova líder do ranking mundial. A australiana dominou a bateria e venceu por 15.00 a 9.23. O troféu masculino ficou com o americano Cole Houshmand, o primeiro estrangeiro a vencer na cidade fluminense desde 2002. Ele levou a melhor diante de Griffin Colapinto, também dos Estados Unidos, por 16.90 a 14.40. O bom desempenho de Luana chamou atenção de Andréa, que, 26 anos após o título conquistado na Barra da Tijuca, mandou um recado para a compatriota: “Oi, Luana. Estava aqui te assistindo, conectada com você, tentando te passar a energia que senti na minha final. Parabéns. Saquarema foi o lugar em que eu comecei a surfar. Venci na Barra, mas esse é o caminho, menina. Ainda estaremos juntas em alguma oportunidade”. Na trajetória até a segunda final da carreira na WSL (Liga Mundial de Surfe ou Liga Mundial de Surf – foi vice-campeã em Bells Beach, em abril), Luana Silva derrubou 3 campeãs mundiais em Saquarema. Passou pela atual vencedora do Circuito, a americana Caitlin Simmers, na repescagem e venceu a australiana Tyler Wright nas quartas. Depois, nas semis, controlou totalmente a bateria contra Caroline Marks, também dos Estados Unidos. Com o resultado na Praia de Itaúna, o segundo melhor de uma surfista brasileira no país, Luana Silva ainda mantém vivo o sonho de chegar às Finais da WSL em 2025. Confirmada na elite do surfe após desistência de Stephanie Gilmore, a atleta de 21 anos sobreviveu ao corte e mira o top 5, que dá vaga para a disputa do título em Cloudbreak, Fiji, no fim de agosto. No momento, ocupa a nona posição do ranking. “Estou muito feliz. Queria vencer para vocês, mas cometi muitos erros. Ano que vem, “é nós”. Agradeço a todos pela torcida, pelo carinho, pelo amor. Vamos nessa, porque 2025 não acabou ainda”, afirmou Luana, já com o troféu de vice-campeã de Saquarema e enviando uma mensagem para a torcida brasileira. Luana é a única representante do Brasil na disputa feminina da WSL.Tatiana Weston-Webb, que também participava do campeonato, abriu mão da temporada para cuidar da saúde mental (apesar de ter competido em Saquarema como convidada). Entre os homens, o americano Cole Houshmand se tornou o primeiro estrangeiro a conquistar um título da elite em Saquarema desde 2002 (quando o australiano Taj Burrow alcançou o feito). Ao todo, a cidade fluminense já recebeu o Circuito Mundial de surfe 7 vezes, e brasileiros tinham se sagrado campeões nas últimas seis oportunidades: Filipe Toledo foi tricampeão, em 2018, 2019 e 2022.

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Imagem: Instagram WSL Brasil

Adriano de Souza venceu em 2017. Yago Dora levantou o caneco em 2023. E Italo Ferreira fechou a sequência no ano passado. Miguel Pupo chegou às semifinais em 2025, mas caiu para Houshmand. O caminho de Luana Silva no domingo (29): Na primeira bateria das semifinais femininas, Luana Silva teve uma adversária de peso: Caroline Marks, campeã da WSL em 2023 e ouro nas Olimpíadas de Paris. Mas a brasileira não se intimidou, saiu na frente logo no início e controlou as ações durante os 35 minutos de disputa. Luana confirmou a vitória com somatório de 10.43 (5.00 + 5.43). Caroline fez 6.57 (2.77 + 3.80). “Sabia que seria difícil contra a Caroline. Ela é sempre uma adversária dura de enfrentar. As ondas estavam mudando muito. Foi loucura com doideira. Quando entrei no mar, olhei para trás e vi a praia lotada. Nunca vivi uma coisa dessa. É muito legal”, celebrou a brasileira, antes da decisão com Molly Picklum. Resultado: Luana Silva (Brasil) 10.43 X 6.57 Caroline Marks (Estados Unidos). No início da grande final, o mar ficou calmo, e a WSL decidiu estender a bateria, que teve 40 minutos. Molly Picklum levou a melhor na disputa pela primeira onda e já conseguiu 6.83. Depois, ainda ganhou 5.67 e deixou Luana em combinação. A brasileira até tentava encontrar manobras, mas sem sucesso e ficando com somatório de 1.56. Tranquila com a vantagem no placar, Molly ainda tirou 8.17 e ficou muito perto do título. Luana não desistiu e melhorou o somatório, mas sem alcançar a adversária, que se sagrou campeã e assumiu a primeira posição do ranking feminino da WSL. Resultado: Luana Silva (Brasil) 9.23 X 15.00 Molly Picklum (Austrália). Miguel Pupo cai para campeão nas semis: Último brasileiro vivo na disputa masculina, Miguel Pupo chegou às semifinais pela primeira vez em Saquarema. O paulista, que sentiu um problema nas costas durante a etapa, teve como adversário o americano Cole Houshmand, surfista mais alto do circuito no momento, com 1,90m. Os 2 travaram uma batalha na água, mas de olho também no que acontecia nas areias de Itaúna. Ao abrir vantagem na bateria, com duas notas acima de 7.00 (7.73 e 7.33), Cole provocou a torcida brasileira. Colocou a mão no ouvido, como se quisesse ouvir gritos das pessoas que acompanhavam a disputa. Miguel passou a precisar de uma nota acima de 9.00, ou duas boas ondas, que o fizessem passar o rival no placar. A pouco menos de 20 minutos do fim, tirou 7.33 e levantou os fãs em Saquarema. Ainda tentou várias outras manobras, mas sem conseguir a virada. “Bateria difícil. Abri com uma nota 5.67, e ele veio logo atrás, conseguindo mais do que 7.00. A partir daí, tive que buscar algo melhor. Fiquei focado na série, e ele encontrou uma outra onda pequena, com nota alta. Ainda consegui encostar depois, mas o mar está mais devagar hoje. Dei o meu melhor, e sair daqui com um terceiro lugar é muito bom”, comentou Miguel, que entrou para o top 10 da temporada, onde também estão Yago Dora (segundo colocado), Italo Ferreira (quarto colocado) e Filipe Toledo (nono colocado). Resultado: Miguel Pupo (Brasil) 13.83 X 15.06 Cole Houshmand (Estados Unidos). Depois de passar por Miguel, Cole Houshmand chegou confiante para a decisão contra o também americano Griffin Colapinto. E a final levantou o público em Saquarema, com notas altíssimas. Cole recebeu a maior avaliação do dia, 9.40, e esteve em vantagem durante a maior parte do tempo. Griffin ainda ganhou 8.23, correu atrás da liderança, mas não alcançou. O título masculino ficou mesmo com Houshmand, o primeiro estrangeiro campeão em Saquarema desde 2002. Resultado: Cole Houshmand (Estados Unidos) 16.90 X 14.40 Griffin Colapinto (Estados Unidos)

Semifinais femininas:

Caroline Marks (Estados Unidos) 6.57 X 10.43 Luana Silva (Brasil)

Molly Picklum (Austrália) 13.06 X 3.04 Erin Brooks (Canadá)

Semifinais masculinas:

Miguel Pupo (Brasil) 13.83 X 15.06 Cole Houshmand (Estados Unidos)

Griffin Colapinto (Estados Unidos) 14.84 X 14.20 Ethan Ewing (Austrália)

Final feminina:

Luana Silva (Brasil) 9.23 X 15.00 Molly Picklum (Austrália)

Final masculina:

Cole Houshmand (Estados Unidos) 16.90 X 14.40 Griffin Colapinto (Estados Unidos)

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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