Delegados aposentados da Polícia Federal enviaram ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma notícia-crime em que pedem a abertura de uma investigação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e contra o delegado Fábio Shor, da Polícia Federal, por supostos “crimes de abuso de autoridade”.
Imagem: Adriano Machado/Reuters
O documento foi assinado por 131 delegados aposentados da Polícia Federal, na última sexta-feira (23). Eles questionam a conduta de Moraes e Shor na operação realizada em 23 de agosto contra empresários bolsonaristas, por meio de mandados de busca e apreensão, além do afastamento telemático dos investigados. Segundo a notícia-crime, a operação teve como base um pedido do senador Randolfe Rodrigues (do Rede) para que o Supremo abrisse uma investigação por causa da reportagem publicada pelo portal Metrópoles.
A matéria apontava que os empresários teriam defendido “abertamente” um golpe de Estado, a depender do resultado das eleições, em grupo de Whatsapp chamado “Whatsapp Empresários & Política”. Segundo os ex-delegados, os supostos crimes cometidos pelos empresários foram investigados “ilegalmente”. Eles apontam que Moraes e Shor não cumpriram o “rito do ordenamento jurídico em vigor”.
Os denunciantes pontuam que o procurador-geral deveria ter sido “ouvido previamente às diligências de busca e apreensão”. Os ex-delegados ainda pedem que a PGR “adote as providências cabíveis, em face da possível suspeição de Alexandre de Moraes para o exercício de suas funções na presidência do TSE”.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
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