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COM NOMEAÇÃO DE GUILHERME BOULOS, LULA CHEGOU A 13 TROCAS DE MINISTROS NO ATUAL MANDATO

  • Foto do escritor: PONTO NEWS
    PONTO NEWS
  • 23 de out.
  • 2 min de leitura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou a 13ª mudança ministerial em seu atual mandato com a nomeação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria Geral da Presidência, substituindo Márcio Macêdo (PT-SE).

A pasta é responsável pela relação do governo com movimentos sociais.

Esta foi à sétima troca de ministro em 2025 no governo, que conta com 38 pastas.

Duas das mudanças deste ano não estavam planejadas as saídas de Juscelino Filho (Comunicações) e Carlos Lupi (Previdência), motivadas por investigações que inviabilizaram suas permanências.

O governo ainda enfrenta incertezas com os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), cujos partidos determinaram a saída de filiados do governo federal.

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As demais trocas buscaram melhorar o desempenho de pastas como Saúde, Relações Institucionais e Mulheres.

Quem deverá assumir a cadeira de Boulos na Câmara dos Deputados é o suplente, físico Ricardo Galvão (Rede-SP), ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e ex-presidente do CNPq.

Galvão ganhou projeção nacional em 2019, quando enfrentou Jair Bolsonaro ao defender os dados do Inpe sobre o avanço do desmatamento na Amazônia, episódio que levou à sua saída do cargo.

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Imagem: Geraldo Magela/ Agência Senado

Natural de Itajubá, no Sul de Minas, Galvão formou-se em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense, fez mestrado na Unicamp e doutorado em Física de Plasmas pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Construiu carreira no Instituto de Física da USP, onde se tornou professor titular e coordenou projetos de pesquisa em fusão nuclear. Também dirigiu o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, presidiu a Sociedade Brasileira de Física e integra a Academia Brasileira de Ciências.

Em 2023, foi nomeado por Lula para presidir o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a missão de recuperar o orçamento da pesquisa após anos de estagnação e cortes.

À frente da instituição, defendeu a recomposição das bolsas, a ampliação da participação feminina na ciência e a valorização das universidades como polos de inovação, agora, aos 77 anos, assume seu primeiro cargo eletivo.

Galvão, por sua vez, chegará ao Legislativo Nacional com discurso técnico, sua atuação deve se concentrar em pautas de ciência, educação, meio ambiente e inovação.

A expectativa no PSOL é que ele reforce o diálogo do partido com setores acadêmicos e com a comunidade científica, enquanto Boulos consolida o vínculo com o Planalto e o entorno do presidente Lula.

Matéria: Talles Honorato

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