CIENTISTAS DESENVOLVEM SORO CONTRA VENENO DE ABELHAS COM RESULTADOS PROMISSORES

Pesquisadores brasileiros avançam no desenvolvimento de um soro contra o envenenamento causado pela picada da abelha africanizada, da espécie APIS MELLIFERA. Uma parceria entre o Instituto Butantan, com a Unesp - Universidade Estadual de São Paulo de BOTUCATU e com o Instituto Vital Brazil, o produto deve entrar na fase três de ensaios clínicos neste ano. O soro, que já foi patenteado, obteve resultados promissores nas fases um e dois dos estudos clínicos. Os resultados foram divulgados no periódico científico americano Fronteiras em Imunologia.

Imagem: Stephane Mahe/Reuters

O medicamento é destinado a pessoas que levam múltiplas picadas de abelha. Nesses casos, os indivíduos recebem uma grande quantidade de veneno, que pode ser nociva à saúde. Anualmente, o Brasil registra cerca de 20 mil acidentes com abelhas e 50 óbitos. Nos últimos cinco anos, o país registrou aproximadamente 100 mil casos de acidentes desse tipo, de acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação), divulgados pelo Ministério da Saúde. Entre os casos registrados, 303 foram fatais. O estudo clínico de fases um e dois contou com 20 voluntários adultos, com idade média de 44 anos.

O número de picadas variou de sete a dois mil. Não foi observado nenhum efeito adverso grave e todos os pacientes tiveram melhora. A pesquisa foi conduzida no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp-Botucatu e no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão (Santa Catarina). Nesta etapa, os cientistas projetam o protocolo da fase três, que deve durar cinco anos, para submissão à apreciação pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Fonte: CNN Brasil

Adaptação: Gabriela Rodrigues