APÓS RETIRADA DE TAXAS A OUTROS PRODUTOS, EMBRAER ESPERA ACORDO PARA EUA ZERAR TARIFAS A AVIÕES
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Após os Estados Unidos anunciarem na quinta-feira (20) a suspensão da tarifa de 40% de uma série de produtos brasileiros, como café e carne bovina, a Embraer afirmou que está confiante em um acordo entre Brasil e EUA para zerar a taxação imposta ao setor aeronáutico. Desde abril, a taxa é de 10%. Por meio de nota, a Embraer citou acordos semelhantes feitos pelos Estados Unidos, como no Reino Unido. Veja a nota abaixo: "Permanecemos confiantes de que os governos do Brasil e dos Estados Unidos chegarão a um acordo satisfatório para ambos os países, com base no aumento do comércio entre eles, retomando assim o status de tarifa zero para o setor aeronáutico. Defendemos que Brasil e Estados Unidos celebrem um acordo bilateral, semelhante aos anunciados entre Estados Unidos e Reino Unido, bem como entre União Europeia e Estados Unidos, que restabeleceram tarifas zero para o setor aeronáutico".
Em julho, quando Trump anunciou que a taxação a produtos brasileiros poderia chegar a 50%, a Embraer estimou que, caso a medida entrasse em vigor e atingisse o setor aeronáutico, o impacto seria de R$ 20 bilhões até 2030. Na ocasião, a Embraer escapou da sobretaxa de 40%. Porém, a taxação imposta para o setor aeronáutico ficou em 10%.

Imagem: Getty images
ENTENDA O QUE TRUMP REVOGOU
A decisão dos de retirar a tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros foi publicada pela Casa Branca. A seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil. A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas. Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, aplicadas a diversos países. No caso específico do Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%. Alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada:
· Carne bovina (todas as categorias)
· Café (verde, torrado e derivados)
· Frutas frescas, congeladas e processadas — incluindo laranja, abacaxi, banana, manga, açaí
· Cacau e derivados
· Especiarias (pimenta, gengibre, canela, cúrcuma etc.)
· Raízes e tubérculos (mandioca em todas as formas)
· Sucos e polpas de frutas
· Fertilizantes (ureia, nitratos, potássicos, fosfatados)
Fonte: Portal G1

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