Na busca pelo ganho de massa, a musculação está entre os exercícios físicos mais procurados. Nesse contexto, surge uma dúvida pontual: o que mais promove o ganho de massa muscular, um treino de musculação que valoriza a carga ou o número de repetições? De acordo com um estudo feito na UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas, tanto faz.
Os pesquisadores acompanharam ao longo de oito semanas 18 pessoas que foram submetidas a diferentes protocolos de treino. Parte fez exercício com peso mais alto e menor número de repetições, enquanto os demais fizeram séries mais longas e com menos carga. A massa muscular foi medida na primeira e na última sessão de exercícios. Quando os dois grupos foram comparados, não se observou diferença nem em termos de ganho de massa nem de estresse metabólico – medido pela análise de substâncias liberadas na circulação sanguínea após o esforço. No treino de alta carga, os participantes carregavam até 80% do próprio peso. Já no treino de resistência, com baixa carga, esse percentual chegou a no máximo 30%, mas as repetições eram feitas até a exaustão (quando o músculo já não responde mais). Os dados completos da pesquisa, apoiada pela Fapesp, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, foram publicados na revista Metabolites.
Imagem: Jose Luis Pelaez Inc/Getty Images
Nas avaliações feitas durante a primeira e a última sessão de musculação, foram coletadas amostras de sangue em três diferentes momentos: antes do treino, cinco minutos após o exercício e uma hora depois. O material coletado foi submetido a uma análise metabólica, com o objetivo de identificar o conjunto de metabólitos (produtos do metabolismo) presentes na circulação. Já a ativação muscular foi mensurada por um exame chamado Eletromiografia, que foi realizado com eletrodos capazes de monitorar, em tempo real, a atividade elétrica dos músculos. As análises indicam que, embora a ativação muscular tenha sido maior no grupo que treinou com cargas mais altas, o estresse metabólico foi semelhante nos dois grupos.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
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