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SELEÇÃO URUGUAIA DEU AULA PARA SELEÇÃO BRASILEIRA EM MONTEVIDÉU

A seleção Canarinho saiu dessa data Fifa menor do que entrou, a empolgação com Fernando Diniz por causa das vitórias sobre Bolívia e Peru foi freada bruscamente com as atuações horríveis diante de Venezuela e Uruguai, a equipe não soube se movimentar de forma a envolver os adversários e criar lances de perigo para além das bolas paradas.

Diniz repetiu durante essa estadia com a seleção que seu objetivo não era testar novos jogadores, com isso, manteve a base do ex-treinador Tite, com mudanças de peças pontuais, mas tentando alterar completamente o modelo de jogo brasileiro, agora resta saber se o técnico do Fluminense insistirá nesse modelo ou passará a dar oportunidades a outros atletas antes de passar o comando para Carlo Ancelotti cuja a chegada é pouco provável.

A Seleção Brasileira volta a jogar no mês de novembro para o que devem ser os últimos jogos oficiais de Diniz no comando da seleção caso Carlo Ancelotti realmente chegue, uma vez que em 2024 há apenas amistosos previstos para o primeiro semestre. No dia 16, em Barranquilla, a equipe pentacampeã mede forças com a Colômbia, no dia 21, o Maracanã será palco do grande clássico com a Argentina.

A Seleção Canarinho encontrou muitas dificuldades para reter a posse de bola ofensivamente e fez um jogo centrado em um único atleta ao longo do primeiro tempo, se diante da Venezuela, Neymar tomou os holofotes para si, em Montevidéu foi Vini Jr o regente da equipe, sendo assim, os momentos mais agudos do Brasil se reduziram a jogadas individuais, a marcação forte dos Uruguaios, com passes interceptados e faltas excessivas, também impediu que o Brasil conseguisse encontrar soluções e boicotou a criatividade da Seleção Brasileira.

A regularidade Uruguaia gerou bons frutos, ainda que no apagar das luzes da primeira etapa, em uma jogada pela esquerda, Maxi Araújo, em velocidade, ganhou da marcação e fez o cruzamento, o zagueira Marquinhos errou na marcação, e Darwin Núñez anotou de cabeça o primeiro gol do jogo, na primeira finalização do duelo.

Imagem: Eitan ABRAMOVICH (AFP)

Neymar que vinha tendo uma atuação completamente insignificante se lesionou logo após o gol, o atacante torceu o joelho esquerdo e precisou ser substituído, saindo amparado pelos médicos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a suspeita é de uma contusão grave, mas exames de imagem poderão atestar melhor o que ocorreu.

Com Richarlison no lugar de Neymar, Diniz tentou aumentar a presença brasileira no setor ofensivo, recuando Gabriel Jesus e deixando o atacante do Tottenham como referência, dada a desvantagem no placar, a seleção se soltou um pouco mais, mas ainda faltou objetividade e objetividade, repetindo o roteiro dos jogos com Venezuela e Peru, o Brasil apostou nos cruzamentos e bolas paradas.

Aos 24 minutos da segunda etapa apareceu o lance mais perigoso brasileiro contra a meta uruguaia, Rodrygo bateu falta de longe e a bola carimbou o travessão, Diniz abriu mão do lateral Yan Couto e colocou o atacante David Neres em campo, o efeito pouco pôde ser sentido, porque logo o Uruguai ampliou o marcador.

Após cobrança de lateral em direção à grande área, os zagueiros do Brasil se atrapalharam e permitiram que Núñez, caindo, pudesse achar De la Cruz no meio da área, o meio campista do River Plate, que desperta interesse de Palmeiras e Flamengo, só teve o trabalho de estufar a rede em Montevidéu, empolgados, os torcedores uruguaios passaram a gritar “olé” a cada vez que a equipe celeste tocava na bola. Vale salientar também que o Uruguai visita a Argentina no Monumental de Núñez, em Buenos Aires (ARG) no dia 16 de novembro.


Matéria: Talles Honorato

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