Lucas Moura não sabe se vai jogar a próxima temporada no São Paulo, sabe, no entanto, que vai disputar, após 11 anos, outra final pelo time do seu coração. Em movimento semelhante a Raí no ano 1998, o meia-atacante retornou ao futebol brasileiro para defender o time que o revelou e foi fundamental na classificação São-Paulina à final da Copa do Brasil, conquistada com vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians num Morumbi lotado, com aproximadamente 62 mil São-Paulinos.
Foi Lucas Moura, de volta ao Brasil depois de uma década na Europa, o principal protagonista de uma noite perfeita para o Tricolor, que amassou o Corinthians e levou apenas 12 minutos para desfazer a vantagem que o time alvinegro havia conquistado em Itaquera e 31 para passar ele a estar na frente do confronto.
Um ponta rápido como tantos na Europa, Lucas é outro jogador no Brasil, precisou de pouco espaço para desequilibrar e teve muitas lacunas, jogando pelo meio, passeou em um Morumbi em chamas, mas ele não foi o único a brilhar. Wellington Rato, primeiro candidato a ser sacado para que o astro colombiano James Rodríguez possa jogar, foi mantido por Dorival Júnior entre os titulares e retribuiu a confiança do chefe anotando um golaço.
O meio-campista aproveitou saída errada do arqueiro Cássio com os pés, avançou pelo meio e acertou o ângulo em chute de rara felicidade, aos 12 minutos e acabou igualado naquele momento o confronto. Ainda no primeiro tempo Lucas marcou de cabeça, deixando o tricolor em vantagem na soma dos placares. A bola cruzou a área até chegar na cabeça do camisa 7, maestro do primeiro tempo, ele fez o Morumbi, com recorde de público, explodir definitivamente com o seu gol. O Corinthians, abatido e encolhido em seu campo de defesa, apenas assistiu ao São Paulo jogar, prova disso foram as 14 finalizações do time tricolor contra apenas uma da equipe alvinegra nos primeiros 45 minutos de jogo.
Imagem: Agência F.I
Vanderlei Luxemburgo percebeu que errou em suas escolhas e sacou Bruno Méndez e Fausto Vera no intervalo, o uruguaio e o argentino foram dois dos piores em campo. O Corinthians até melhorou ofensivamente, mesmo assim continuou sendo pouco, tanto que o primeiro chute a gol saiu depois dos 30 minutos do segundo tempo.
Foi pobre demais o futebol de um time sempre dependente do talento de Renato Augusto, o líder alvinegro, desta vez, foi discreto e nada fez de especial.
O nome da noite foi, mesmo, do maestro Lucas Moura, que começou a jogada que seria o terceiro gol do tricolor, não saiu porque Wellington Rato concluiu para fora o lance que começou com o camisa 7 driblando Murillo e passou ainda pelos pés de Calleri.
Nos minutos finais da partida, o Corinthians pressionou, mas, desorganizado, insistiu como deu, o jovem Wesley tentou abrir a defesa são-paulina e o zagueiro Gil virou centroavante.
Uma das raras chances começou nos pés de Giuliano, porém, o meia atacante bateu de chapa e mandou pra fora, Renato Augusto, nos acréscimos, também tentou, mas chutou cruzado e ninguém completou pro gol.
Respiraram aliviados os aproximadamente 62 mil torcedores São Paulinos no Morumbi, desde o ano de 2015 o clube paulista não colocava tantos torcedores no estádio, foi, portanto, o recorde de público em quase oito anos, contra o Cruzeiro, na Libertadores daquele ano, foram aproximadamente 66 mil torcedores presentes.
Matéria: Talles Honorato
Comentarios