O argumento em defesa de uma manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano na reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom) ganhou força na terça-feira (27), após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrar uma desaceleração no mês de agosto.

Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Visto como uma prévia da inflação oficial, o índice ficou em 0,19% no mês, após ter registrado 0,30% no mês anterior. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,28%.
Economistas e consultorias entendem que o resultado aponta para a tendência corrente de queda da inflação. Soma-se a isso, a avaliação de que um recuo de juros nos Estados Unidos – praticamente antecipado pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na semana passada – também beneficia o Brasil para prosseguir no afrouxamento da política monetária.
“A tendência de queda da inflação corrente está em curso. Assim, reforçamos nossa expectativa de que o IPCA de agosto, contribuirá para a manutenção da Selic em 10,50% em setembro”, avalia a Ativa Investimentos em nota. A corretora esperava uma desaceleração ainda maior para agosto, apostando em alta de 0,13%. No entanto, liga a queda menor como uma “surpresa pontual”.
Fonte: CNN Brasil
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