O prefeito de Cachoeira Paulista, Antônio Carlos Mineiro (Avante), foi mais uma vez cassado pelo Poder Legislativo municipal, em votação, na manhã da última terça-feira (23), após sessão que durou quase treze horas.
Ele foi alvo de uma Comissão Processante que investigou o sumiço de R$ 60 mil de dentro de uma gaveta em seu gabinete, em fevereiro de 2022, o gestor já recorreu à Justiça.
O valor, que chegou à Prefeitura em 14 de janeiro de 2022, resultado de uma ação judicial, foi guardado em uma gaveta do gabinete do prefeito, no dia 9 de fevereiro do mesmo ano, o dinheiro seria usado para um pagamento, mas não foi encontrado à polícia foi acionada e um boletim de ocorrência lavrado, a Polícia Civil continua investigando o referido caso.
A Processante foi formada no final de janeiro pelos vereadores Rogéria Lucas (Podemos) como presidente, Agenor do Todico (PL) como relator e Max Barros (União) como membro, Ângela Protetora (MDB) foi a única a votar contrário à abertura da denúncia, Max, após renunciar sua vaga na comissão, foi substituído pelo colega de Tribuna, Rodolpho Borges (PSD).
O prefeito foi acusado pelo autor do pedido, o empresário Rodolfo Fernando Ribeiro, pela prática de “infração político-administrativa” no caso do sumiço do dinheiro.
O autor é o mesmo que pediu, no ano passado, a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) contra o gestor no caso da reconstrução da ponte da Rua 26 que caiu em janeiro de 2023 após o município ser atingido por uma forte tempestade, na ocasião, o Prefeito foi cassado, mas a Justiça devolveu o seu cargo e o chefe do Executivo voltou à Prefeitura 36 horas após o afastamento.
A sessão extraordinária de cassação do Prefeito Antônio Mineiro teve início às 19 horas da ultima segunda-feira (22), no início da sessão, o advogado de defesa, João Vicente de Oliveira, pediu para que fossem reproduzidos os vídeos das oitivas.
Imagem: O Vale
Foram aproximadamente nove horas de gravação, exibindo os depoimentos de funcionários da Prefeitura e de personagens como a secretária de Governo, Patrícia Andrade, o secretário de Gabinete, Luís Gustavo Barreira e o delegado da cidade, Mário Celso.
Após a apresentação das oitivas, o relatório final da comissão processante, de 32 páginas, foi lido durante uma hora e vinte minutos, na íntegra, a partir das 5 horas e 45 minutos teve início à fala dos vereadores, cada um tinha até quinze minutos para fazer suas considerações.
Após a apresentação da defesa teve início quatro votações, uma para cada infração articulada na denúncia, que resultaram na cassação do mandato do Prefeito Municipal de Cachoeira Paulista.
Nas três primeiras votações a cassação foi aprovada, nove parlamentares votaram favoráveis, Agenor do Todico (PL), Carlinhos da Saúde (PL), Dil Fonseca (PSD), Felipe Piscina (União), Luiz Gonzaga Brejão (PSC), Max Barros, Nenê do São João (PSB), Rodolpho Borges e Rogéria Lucas.
Adriana Vieira (PTB), Ângela Protetora (MDB), e o presidente da Câmara Léo Fênix (PSD) se abstiveram, a vereadora Thálitha Barboza (PT) não participou de nenhuma das votações.
Logo após o término da sessão que resultou na cassação do Prefeito Antônio Mineiro, teve início a cerimônia de posse do vice-prefeito, Doutor Ailton Vieira (PSD), como chefe do Executivo Municipal.
Matéria: Talles Honorato
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