O maior parlamento da América Latina, caçou o mandado do ex-deputado Arthur do Val (União Brasil) na ultima terça-feira (17). Merecidamente o referido parlamentar esteve na Ucrânia país que está em guerra e gravou áudios sexistas, machistas fazendo menção as mulheres ucranianas. Esses áudios vazaram quando o deputado retornou ao Brasil. Seus colegas o representaram no conselho de ética da casa legislativa e aprovaram a denúncia que acabou resultando em sua cassação.
Imagem: ALESP
O que mais causou estranheza na sessão que caçou o parlamentar foram os discursos de alguns deputados e deputadas, que parece querer se digladiar em plenário para o estado todo ver.
Uma pena para o povo paulista, ouvir em sessão ordinária da assembleia legislativa de São Paulo os parlamentares dizendo ao presidente da casa “presidente o deputado X me desrespeitou”, “a deputada Y me deu um tapa”, tudo isso em plenário.
Até que o presidente disse, “deputados e deputadas não é possível que em um processo de cassação de um parlamentar, os deputados vão ficar trocando acusações em plenário”.
Nós sempre acreditamos no trabalho da ALESP, mas determinados discursos não podem virar recorrentes na tribuna da casa, entendo que são 94 parlamentares pensando de forma diferente, mas isso não pode descaracterizar a verdadeira função do parlamento paulista.
Os deputados e deputadas eleitos para representarem o povo paulista têm ou deveriam se ater em aprovar leis que vão de encontro aos anseios da população, deve também analisar condutas como à do deputado Arthur, mas sem fugir da pauta e ficarem discutindo em plenário. Essas atitudes maculam o parlamento, e mais o legislativo estadual cai em descredito, por que a ALESP sempre foi o parlamento das elites politicas e econômicas, mas em alguns momentos parece que os parlamentes se esquecem desse detalhe.
Jornalista: Talles Honorato
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