Em geral, as mulheres são melhores em empatia com outras pessoas do que os homens, foi o que revelou um estudo publicado na segunda-feira (26) na revista PNAS. Os pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, disseram que o estudo é o maior do tipo até o momento, analisando uma forma particular de empatia, algo que os cientistas chamam de “teoria da mente” ou “empatia cognitiva”.
A empatia é uma qualidade importante porque governa a maneira como as pessoas interagem socialmente e afeta a forma como os relacionamentos pessoais se desenvolvem. A empatia cognitiva ocorre quando uma pessoa é intelectualmente capaz de entender o que outra pessoa pode estar pensando ou sentindo, e é capaz de usar esse conhecimento para prever como a pessoa vai agir ou se sentir daqui para frente.
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É diferente de outro tipo de empatia chamada empatia afetiva – ou emocional –, quando uma pessoa sente as emoções de outra pessoa e responde com uma reação ou emoção apropriada. Para conduzir o novo estudo, os pesquisadores usaram um teste diferente, algo chamado “Teste de leitura da mente nos olhos” ou “Teste dos olhos”. Os cientistas costumam usar esse teste para ajudar a determinar se alguém tem problemas mentais ou cognitivos.
Pesquisas anteriores mostraram que pessoas com autismo, por exemplo, costumam ter pontuações mais baixas nesses testes; o mesmo acontece com pessoas com demência e que apresentem distúrbios alimentares. Combinando os resultados com grandes amostras de diferentes plataformas online, os autores do estudo conseguiram obter resultados de quase trezentas e seis mil pessoas em 57 países, incluindo Argentina, Croácia, Egito, Índia, Japão e Noruega.
Em 36 países, as mulheres obtiveram, em média, pontuações de empatia cognitiva significativamente mais altas do que as dos homens. Em 21 dos países, as pontuações de mulheres e homens foram semelhantes. Não havia um único país em que os homens pontuassem melhor do que as mulheres. Os resultados foram obtidos em oito idiomas e foram consistentes ao longo da vida, de pessoas de 16 a 70 anos.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
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