Em uma noite tenebrosa na última quinta-feira (28), o Palmeiras contou com o fator sorte e a incompetência do Boca Juniors para ficar no 0 a 0 na La Bombonera, pela partida de ida da semifinal da Copa Libertadores. O Verdão entrou na roda e na pressão dos torcedores argentinos, que não pararam de cantar nem por um segundo.
A mística da Bombonera jogou contra o Palmeiras, que continua sem vencer o rival fora de casa em jogos eliminatórios do torneio continental, no ano 2018, a vitória veio, mas na fase de grupos, quando foi eliminado. Para galgar a classificação, o Palmeiras terá que vencer o Boca Juniors na próxima quinta-feira (5), às 21h30, no Allianz Parque em São Paulo, por qualquer placar, a vitória também leva o Boca para a decisão, quem vencer, pega o ganhador de Internacional e Fluminense, que no primeiro jogo, ficaram no 2 a 2.
Sem Dudu, Abel Ferreira continuou quebrando a cabeça para tentar arrumar o lado esquerdo de ataque, desta vez, deixou o setor vazio, algumas vezes, Rony caia para aquele lado em uma tentativa de ajudar Piquerez na profundidade, com isso, o Verdão focou seus ataques no povoado lado direito, mas o Boca Juniors leu muito bem o adversário e o anulou.
Em noite pouco inspirada de Raphael Veiga e erros constantes de praticamente todos os homens de meio de campo, principalmente Gabriel Menino, o Palmeiras passou a ser presa fácil, com o apoio de sua torcida, que faz, sim, a diferença em jogos da Libertadores, o Boca cresceu e poderia ter saído do primeiro tempo com um placar elástico. O clube argentino inclusive teve chances para isso, Merentiel, teve duas grandes oportunidades de tirar o zero do marcador, mas provou o motivo que levou o Palmeiras emprestá-lo, na melhor delas, o atacante deu um leve desvio, livre dentro da área, e jogou a bola rente à trave do goleiro Weverton.
Se a “lei do ex” não deu certo, o Boca Juniors passou a apostar no talento de Cavani, bem marcado por Gómez, o uruguaio precisou se movimentar e chegou até ajudar o sistema defensivo, no entanto, deu uma cabeçada, que chegou a arrancar suspiro dos torcedores ele acabou sendo um dos melhores em campo no primeiro tempo.
Imagem: R7 ESPORTES
Na segunda etapa, o Palmeiras teve a sua melhor chance logo de cara em uma arrancada de Mayke, o lateral dividiu com o defensor do Boca, levou a melhor na disputa, mas demorou para fazer a finalização e acabou desperdiçando a chance, Raphael Veiga ainda teve alguns lampejos de bons momentos, mas não estava com os pés calibrados, todos os chutes saíram fracos, nas mãos de Romero.
Assim como no primeiro tempo, o Boca Juniors foi subindo sua marcação e passou a dominar o Palmeiras, aos 13 minutos, Fabra chutou, Weverton fez grande defesa e viu a bola ficar viva dentro da área, o Boca chegou a marcar, mas o árbitro assinalou falta em Marcos Rocha e anulou o lance.
Aos 23 minutos, por muito pouco o Boca não marcou, Barco fez fila na defesa do Palmeiras e chutou, Weverton falhou e soltou a bola, na sequência, Cavani dividiu, com os defensores e com o próprio goleiro e quase fez, a bola passou raspando.
Pressionado e em uma noite fria, em Buenos Aires, o Palmeiras não conseguiu fazer uso nem de sua arma: a bola alçada para dentro da área, o time alviverde não teve escanteio e pouco conseguiu cruzar, Abel Ferreira, errou, o treinador demorou para mexer e não conseguiu fazer com que o time melhorasse dentro de campo.
As mudanças praticamente não fizeram efeito nenhum, até porque tinham pouco tempo para isso, Endrick, por exemplo, entrou faltando apenas dois minutos para o jogo acabar e não tocou na bola, assim como Breno Lopes, se jogar o mesmo futebol que jogou na argentina, o Palmeiras pode ficar fora da final da Libertadores que será disputada novamente no Maracanã.
Matéria: Talles Honorato
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