A Justiça Federal do Rio Grande do Sul condenou um grupo que estimulava o tratamento precoce contra a Covid-19 a pagar 55 milhões de reais por danos morais coletivos e à saúde. O Ministério Público Federal ajuizou duas ações, uma com o pagamento de 45 milhões e outra no valor de 10 milhões de reais. Intitulados “médicos do tratamento precoce Brasil”, a associação estimulava o consumo de medicamentos sem comprovação científica contra a doença causada pelo coronavírus.

Imagem: Divulgação/TV Vanguarda
Conforme a Justiça, ficou comprovada a cumplicidade entre a VITAMEDIC Indústria Farmacêutica e a Associação Médicos Pela Vida para a divulgação do “Manifesto Pela Vida”. A empresa de medicamentos financiou a propaganda irregular, que custou 717 mil reais. O caso foi admitido pelo diretor-executivo da VITAMEDIC durante depoimento à CPI da Pandemia no Senado Federal em 2021. Também foram condenados o Centro Educacional Alves Faria e o Grupo José Alves. No informe publicitário, eram citados os possíveis benefícios do tratamento precoce, e eram mostrados os medicamentos a serem utilizados. Ainda segundo a justiça, a Anvisa agiu de forma equivocada ao não aplicar sua própria norma sobre a publicidade dos medicamentos.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
Comments