O Fluminense conquistou no último sábado (4), o seu primeiro título da Taça Libertadores da América. Com um Maracanã completamente lotado, o tricolor carioca superou os argentinos do Boca Juniors pelo placar de 2 a 1. Quinze anos após perder a final da mesma competição para a LDU de Quito, no mesmo maracanã, o Fluminense pôde fazer a festa com a sua torcida. A primeira etapa foi toda do Fluminense, que chegou a ter 80% de posse de bola, o Boca Juniors manteve seu estilo de jogo, esperando na defesa para tentar um gol em algum contra-ataque, obteve duas boas jogadas, em cima do experiente atacante Uruguai Cavani.
Apesar do domínio territorial, o Fluminense criou pouco, assustando em duas cabeçadas, mas chegou ao gol aos 36 minutos, depois de jogada pelo lado direito, Keno cruzou em direção à grande área, onde Cano fez o drible de corpo em Advíncula e bateu de primeira, com o pé direito, a bola entrou no canto direito do goleiro, que saltou e não chegou na bola. No segundo tempo, o Boca Juniors avançou sua marcação, empurrando o time carioca para seu campo defensivo, o capitão Felipe Melo sentiu uma lesão muscular e precisou ser substituído por Marlon, o técnico Diniz não quis improvisar na troca, mesmo porque o volante André tinha grande atuação no meio-campo. A partir dos 15 minutos, o Fluminense equilibrou as ações, procurando segurar a bola, as trocas de passes constantes irritavam os argentinos, que exageraram em faltas, num momento crítico do jogo, o Boca empatou, aos 27 minutos, depois de jogada pelo lado direito, Advíncula recebeu na entrada da área, sozinho, e chutou forte no canto direito de Fábio, com o empate mudou o aspecto emocional do jogo, intimidando o Fluminense e, ao mesmo tempo, incentivando o Boca Juniors, mais agressivo e confiante no ataque.

Imagem: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
O técnico Fernando Diniz tentou mudar a história do jogo, dando mais intensidade com as entradas de Diogo Barbosa, Lima e John Kennedy, já cansados, saíram Marcelo, Paulo Henrique Ganso e Lima, mas o jogo, nesta altura, já estava nervosos e seguiu movimentado, com jogadas dos dois lados, e isso foi até o apito final que levou a decisão para a prorrogação.
O cuidado para não sofrer um golpe fatal transformou em ainda mais dramática a reta final da partida, a partir dos pés de Diogo Barbosa, que há pouco havia perdido um gol de frente com o goleiro adversário, surgiu a jogada mais perigosa da primeira metade, quando lançou Keno e o atacante, de cabeça, ajeitou para John Kennedy, que chegou finalizando de primeira da entrada da área em um pombo sem asa e estufou a rede depois de uma pancada.
Atiçando a torcida na comemoração, o jovem acabou expulso ao receber o segundo amarelo e deixou o Fluminense com um a menos em campo, no último lance do primeiro tempo, Fabra também foi expulso após agredir o zagueiro Nino, que também recebeu amarelo no lance, e os times foram para o intervalo com dez em campo cada. O Boca Juniors abusou das últimas alterações para tentar um gás a mais, com as saídas de Ezequiel Fernández, Medina e Figal, entrando Saracchi, Taborda e Valdez, com nove minutos, o Fluminense quase ampliou em contra-ataque, mas a caprichosa finalização de Guga foi mansa até a meta e parou na trave direita de Sergio Romero. Após a blitz do Boca Juniors na reta final, Wilmar Roldán levantou o braço e sinalizou o fim da partida, decretando o título de campeão da Libertadores do ano de 2023 ao Fluminense, de forma inédita.
Matéria: Talles Honorato
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