Os quatro grandes nomes das eleições municipais em São José dos Campos um dia já estiveram do mesmo lado da moeda, os pré-candidatos Anderson Farias (PSD), atual prefeito, e Eduardo Cury (PL), foram tucanos como um dia foi Felício Ramuth (PSD) e como ainda resiste até os dias atuais Emanuel Fernandes (PSDB).
Mas hoje o tabuleiro virou e eles jogam em duplas, cada criador apoiando sua criatura, como bem definiu Hélcio Costa na coluna Código Fonte, Anderson Farias (PSD) atual chefe do executivo, tem a seu lado Felício também (PSD), que dá forças para sua reeleição, Cury (PL) busca novamente a Prefeitura com Emanuel (PSDB) ao seu lado.
O vice-governador, no entanto, revelou que o cenário poderia ter sido diferente, falou em entrevista ao podcast talkmais que o atual prefeito Anderson Farias (PSD) conversou com Cury (PL) para que estivessem juntos nas eleições deste ano, um movimento descartado pelo ex-deputado federal e também ex-prefeito.
“Da minha parte, da parte do Anderson, houve conversas para que a gente pudesse caminhar junto. Mas infelizmente o Cury e o Emanuel entenderam que, para que eles possam voltar ao poder, é importante que o Cury seja candidato”, disse Felício.
Imagem: Isadora de Leão Moreira (Governo do Estado de São Paulo)
O anúncio de que Cury deseja disputar as eleições surpreendeu Felício, ele resgatou falas antigas do ex-prefeito em que afirmava que só tentaria o Paço Municipal novamente se a cidade passasse por um momento difícil, para ele, não é o caso, vista a aprovação alta do atual gestor do município prefeito Anderson Farias (PSD), que gira em torno de 70%.
“Talvez o Cury confirme sua candidatura. Provavelmente, sim. Eu acreditava que não. Não acreditava que o Cury saísse do PSDB e nem tampouco que ele fosse candidato. Por conta de ver a cidade num bom caminho, com uma boa aprovação. Eu tinha todos esses dados e não imaginava que um projeto de poder pudesse estar à frente de um projeto de cidade.
Para o vice-governador, a estratégia de Cury deixa a cidade em segundo plano e visa o poder, “Já nasceu errada”, opinou sobre a pré-candidatura do ex-prefeito e ex-deputado federal.
“Às vezes é aquele negócio de ‘retomar o poder da cidade’. Acho que isso não é correto. Quando a gente vê uma avaliação do Anderson tão grande e a possibilidade para construir um projeto para o futuro da cidade, porque isso que tem que ser o eixo principal. Essa questão do poder pelo poder aponta para o caminho errado”, concluiu o vice-governador.
Fonte: Portal SP RIO +
Adaptação: Talles Honorato
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