A extinção em escala global de mamíferos gigantes, que aconteceu de 50 a 10 mil anos, reduziu a interação entre espécies diferentes, deixando vestígios no processo de evolução, segundo um estudo realizado pela Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. Após o desaparecimento dos mega animais, as sementes de plantas e animais carnívoros reduziram de tamanho para se adaptar a um mundo sem essa megafauna, responsável pela dispersão de sementes e alimentação de grandes predadores. Além disso, muitas plantas, antes consumidas por enormes herbívoros, passaram a ser controladas somente pelo fogo. Fazem parte dos animais extintos a que o estudo se refere, por exemplo, os mamutes, preguiças-gigantes e outros grandes mamíferos que viveram entre dois milhões e há mais de 11 mil anos. Assim, é possível que os animais menores tenham passado a selecionar sementes menores, dando a elas mais chances no processo de evolução das espécies.
Imagem: Banco de imagens/Pexels
Algo semelhante teria ocorrido também com grandes predadores carnívoros, como felinos com dentes de sabre e leões-das-cavernas, que, sem presas gigantes, acabaram entrando em extinção. No lugar deles, sobreviveram os predadores com presas menores, como a onça-pintada e onça-parda. A pesquisa da Unicamp foi publicada na revista científica “Annual Review of Earth and Planetary Sciences”.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
Comments