Um estudo conduzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro apontou que a recuperação da aprendizagem pós-pandemia é possível, embora seja um desafio. O levantamento acompanhou o desenvolvimento de mais de mil e trezentas crianças matriculadas na rede pública municipal de Sobral, no Ceará, e que frequentaram o segundo ano da pré-escola entre 2019 e 2022. Os resultados apontaram que “aqueles que ficaram mais tempo no ensino remoto, sem interação com professores e colegas, tiveram um ritmo mais lento de aprendizado.” Este grupo de 2021 “foi o mais prejudicado, com um ano e meio no ensino remoto por conta da pandemia do coronavírus.”
Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil
O estudo longitudinal — que mede o que o aluno sabe no começo do ano e ao final — ao longo do tempo, comparando os grupos, mostrou que “quando entram no último ano da educação infantil o ponto de partida é menor do que 2019”, justamente devido ao ensino remoto. No entanto, ao final, “os grupos estão mais próximos” em termos de aprendizado. Segundo os pesquisadores, a recomposição da aprendizagem “seguida de programas e políticas” pode alcançar os níveis pré-pandemia, mas “vai variar dependendo do município e quais as políticas e ações serão realizadas para recuperar o tempo.”
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
Comments