Candida auris é um fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde pública por conta da capacidade do microrganismo de resistir aos principais medicamentos antifúngicos. As infecções pelo fungo têm surgido em todo o mundo, muitas vezes com alta morbidade e mortalidade associadas. Estudos apontam que até 90% dos casos isolados são resistentes a Fluconazol, Anfotericina B ou Equinocandidas.
O estado de São Paulo confirmou em 7 de junho o primeiro caso de contaminação pela Candida auris. Antes, o estado de Pernambuco já havia registrado três casos confirmados do fungo, que é motivo de alerta em todo o mundo. A Candida auris é um agente causador de doença oportunista, relatado pela primeira vez no Japão em 2009, em um caso de otomicose. Desde então, foi relatado em todos os continentes, com exceção da Antártica. O primeiro caso no Brasil foi identificado em novembro de 2020, em um paciente de 59 anos, internado em uma UTI, unidade de terapia intensiva em Salvador, na Bahia.
Imagem: Stefanamer/Getty Images
O fungo foi detectado após análise técnica pelo Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Moniz e pelo Laboratório do Hospital das Clínicas de São Paulo. Desde março de 2017, o Brasil possui um documento com orientações de como os serviços de saúde (como: hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros), devem proceder para prevenir e controlar a disseminação da doença.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
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