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CACAU BRASILEIRO: PRODUÇÃO VISA QUALIDADE E EM PROCESSOS ARTESANAIS

  • Foto do escritor: PONTO NEWS
    PONTO NEWS
  • 29 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

Entre brigadeiros, tortas e barras, o Brasil é um dos países mais chocólatras do mundo. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas, cada brasileiro consome, em média, 2 quilos e meio de chocolate por ano.

Porém, chocolate brasileiro não é necessariamente sinônimo de cacau brasileiro. Apesar de estar intimamente ligado à imagem nacional, o cacau tem uma produção tímida hoje, e boa parte do processamento comercial depende de importação das amêndoas (semente do cacau).



Imagem: Unsplash/Divulgação


O cacau é nativo da Amazônia e no século 17 passou a ser plantando no sul da Bahia. A adaptação ao clima úmido e quente do local fez explodir a produção. Começava o chamado “Ciclo do Cacau”, considerado pelo historiador Caio Prado Jr, em História Econômica do Brasil, um dos principais períodos socioeconômicos do país, comparável em produção e impacto político aos ciclos do café e da borracha.

O cacau chegou a ser conhecido como “o fruto de ouro” na época, indo parar na Bolsa de Valores de Nova York, mas essa prosperidade tinha prazo de validade. Se na década de 80, a produção brasileira chegou ao seu ápice, colhendo cerca de quatrocentas mil toneladas ao ano, o período marcou também o final daquele império. Além da concorrência crescente das plantações da África, o fim do ciclo produtivo foi acelerado em 1989, com a disseminação da “vassoura-de-bruxa”, uma praga endêmica da Amazônia, com fungos que atacam as folhas dos cacaueiros e apodrecem as frutas no pé. No começo dos anos 2000, o país já não produzia nem 90 toneladas ao ano.

Com o desenvolvimento de estudos e meios de controle da praga, como a variabilidade genética das árvores, aliados a esforços de empresas e o engajamento de pequenos produtores, a produção voltou a crescer. Hoje, a colheita voltou a um patamar um pouco mais sólido: nos últimos anos, a média de produção ficou em 170 mil toneladas anuais.


Fonte: CNN Brasil

Adaptação: Gabriela Rodrigues

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