Após cantora Maria Gadú fazer declaração de voto em apoio ao candidato Lula (PT) em show, a AFAC, Associação para Fomento da Arte e da Cultura, entidade que gerencia o Parque Vicentina Aranha, informou na quinta-feira (22) que o pagamento do cachê da artista ficará retido. A cantora esteve em São José no último sábado (17) e foi uma das atrações musicais da Flim, a Festa Literomusical, que aconteceu entre quinta e domingo.
Imagem: Redes Sociais
Fotos e vídeos que circulam nas redes sociais mostram que durante a apresentação a cantora segurou uma toalha com o rosto de Lula (do PT), candidato à presidência. Após a cantora declarar o voto em Lula, a prefeitura de São José dos Campos solicitou que a AFAC suspendesse o pagamento do cachê dela.
De acordo com a prefeitura, além de solicitar a suspensão do pagamento do cachê da cantora, o órgão pediu ainda a AFAC que a entidade tome providências para pedir a devolução dos valores já pagos por meio de leis de incentivo fiscal. Parte do evento foi financiado com dinheiro público. Além de reter o cachê, a AFAC informou que o caso será protocolado junto ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, para investigar a conduta da artista que alvoroçou o público para votar no candidato e transformou o evento em um “showmício’’.
Segundo o Supremo Tribunal Federal, os artistas podem fazer manifestações políticas, o que não é permitido é fazer propaganda eleitoral em ambientes de espaços públicos, como parques, por exemplo. Manifestações políticas em shows e festivais privados, sem ligação partidária, são permitidas por ser considerado parte da liberdade de expressão, desde que tudo o que for dito não difame ou ataque um candidato.
Fonte: Portal G1
Adaptação: Gabriela Rodrigues
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