Os resultados de um ensaio clínico publicado na revista General Psychiatry mostraram que a estimulação elétrica não invasiva do cérebro de pessoas com Alzheimer, quando realizada duas vezes ao dia, pode impulsionar os processos mentais (a função cognitiva) do paciente. A tecnologia, conhecida como estimulação TRANSCRANIANA por corrente contínua, pode ajudar a estimular a plasticidade do cérebro, permitindo a “religação” através da formação de novas redes neurais.
A estimulação TRANSCRANIANA é um dispositivo com dois eletrodos, que são colocados sobre áreas específicas da cabeça de uma pessoa, que fornecem uma corrente elétrica constante de baixa intensidade. A técnica está começando a ser usada em diversas áreas da medicina, inclusive no tratamento da depressão. Os pesquisadores queriam descobrir se o método poderia melhorar a função cognitiva em pessoas com doença de Alzheimer e, em caso afirmativo, se isso poderia estar ligado à recuperação de algum nível de plasticidade CORTICAL – que é a capacidade do cérebro de formar novas redes neurais.
Imagem: Unsplash/Robina Weermeijer
Os resultados mostraram que após duas semanas não houve mudança, mas em comparação com o grupo controle, 30 sessões diárias de 20 minutos dos estímulos melhoraram significativamente a função cognitiva dos grupos testados com Alzheimer. Agora, os cientistas devem intensificar a utilização do método para comprovar a eficácia desse tipo de estímulo para a melhora ou até mesmo a cura da doença.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
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